ODONTOLOGIA

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Odontologia (português brasileiro) ou medicina dentária (português europeu) é a área da saúde humana que estuda e trata o sistema estomatognático - compreende a face, pescoço e cavidade bucal, abrangendo ossos, musculatura mastigatória, articulações, dentes e tecidos. Em Portugal, a Medicina Dentária é um segmento independente, tal como no Brasil é a Odontologia. Cirurgião-Dentista é a denominação dada a estes profissionais no Brasil e em Portugal, os licenciados em Medicina Dentária designam-se Médicos Dentistas. Por saúde oral, entende-se a ausência de doença estomatológica, bem como a correcta função, estabilidade e até mesmo estética de todo o sistema estomatognático. É hoje certo e sabido que a saúde oral tem sérias implicações na saúde humana, sendo as duas indissociáveis.

A formação def inclui disciplinas das áreas de saúde e ciências biológicas, como anatomia, patologia, fisiologia, histologia, microbiologia, imunologia e bioquímica. As matérias profissionalizantes incluem radiologia, materiais dentários, dentística, endodontia, periodontia, cirurgia bucomaxilofacial, próteses, odontopediatria, ortodontia, dentre outras. No segundo ano o aluno começa a treinar restaurações e demais procedimentos em aulas práticas de laboratório, utilizando um manequim odontológico. A partir do terceiro ano o aluno passa a atender pacientes na clínica da faculdade. O curso dura em média 5 anos, chegando a 6 em algumas faculdades. É obrigatória a apresentação de um trabalho de conclusão de curso.

Níveis de complexidade do trabalho

Em cada um dos campos de ação da Odontologia, desde a clínica geral à reabilitação oral, podem ser identificadas tarefas de distintos níveis de complexidade. No setor industrial, por exemplo, são muito aplicadas as técnicas de "análise ocupacional" pelas quais uma determinada atividade ou ocupação é fracionada em seus módulos de conhecimentos, permitindo que os considerados como de maior simplicidade sejam executados por pessoal com preparo elementar ou básico, e os mais complexos caibam a profissionais de alto nível de formação, que evidentemente são mais caros para a empresa.

Respeitadas as peculiaridades do trabalho em saúde, não há porque deixar de aplicar a análise ocupacional, com objetivo de estender a cobertura populacional, ao labor em Odontologia e ao campo da saúde em geral.

Uma vez identificadas as tarefas por seu nível de complexidade, cada uma deve ser atribuída a pessoa com o correspondente nível de formação técnica. Quando isso não é feito, dois resultados podem ser inevitáveis:

  1. uma redução nas possibilidades de acesso aos serviços disponíveis, devido ao encarecimento da atividade;
  2. uma perda de qualidade nos serviços prestados, devido à inadequação entre o tipo de recurso humano utilizado e o tipo de tarefa que lhe foi dada.

É um erro colocar um profissional com um elevado padrão científico, adquirido em sofisticadas Universidades, para efetuar ações de baixo requerimento tecnológico. O exemplo mais comum, no campo odontológico, é o das restaurações dentárias nos programas de atenção a escolares primários: na sua maioria de referem a cavidades simples, constituindo-se em atividade essencialmente mecânica que exige esforço mental mediano para sua realização. Para efetuar uma boa restauração classe I ou II com amálgama, resina ou silicato, os requisitos fundamentais são três: destreza manual, prática constante e capacidade de discernimento para equacionar situações de dificuldade momentânea, sabendo quando referir o paciente. quando esta tarefa se repete de maneira continuada, reduzem-se ao mínimo as oportunidades de inovações ou variação, fazendo-a monótona para um cirurgião-dentista que só se satisfaz realmente com trabalhos de maior densidade tecnológica, compatíveis com sua formação universitária. Em consequência, pode perder o interesse pelo que faz, tornando-a muito difícil evitar que o seu desempenho baixe de qualidade.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho em Odontologia para um determinado país, região ou localidade, é função do modelo de prestação de serviços; dos padrões epidemiológicos, culturais e econômicos da população; do crescimento da oferta de mão-de-obra e da própria estrutura profissional.

Em áreas com alta prevalência de doenças bucais sem tratamento, caso típico da maioria dos países em desenvolvimento[2], há, em princípio, um amplo mercado de trabalho à disposição tanto dos cirurgiões-dentistas como do pessoal técnico e auxiliar que atua ou deseja atuar no setor. Paradoxalmente, porém, não é incomum ouvir falar de "pletora profissional" (excesso de cirurgiões-dentistas) e até mesmo de desemprego nestas mesmas regiões. Isso significa que, por um lado, devido à forma de organização dos serviços uma grande parte da população não tem acesso a eles, seja por não dispor de recursos financeiros para custeá-los, seja porque o Estado os oferta em volume insuficiente; e por outro lado, algumas pessoas que têm acesso e podem pagar não os utiliza em função de aspectos comportamentais ou educacionais.

O mercado de trabalho torna-se, portanto, dependente em maior proporção de fatores extraodontológicos ligados notadamente à estrutura sócio-econômica e de organização da sociedade. A concentração de profissionais nas grandes cidades e nas áreas com melhores níveis de renda é um fenômeno virtualmente universal que se agoniza nos países onde a concepção econômica se dá de maneira mais indisciplinada e de forma particular em tempos de escassez.

Cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial

É a especialidade da odontologia que trata cirurgicamente politraumatismos e malformações de ossos da face, doenças da cavidade oral e de estruturas anexas a ela, aferindo funcionalidade e estética às estruturas que porventura tenham sido afetadas por cortes, fraturas ou lacerações, tais como boca, língua, lábios, olhos, pálpebras, nariz, dentes e ossos maxilares.

Cirurgia Ortognática

É uma sub-especialidade da Cirurgia Buco-Maxilo-Facial que busca corrigir falhas dento-faciais causadas devido ao posicionamento insatisfatório das arcadas dentárias e demais ossos da face em relação à base do crânio. Estas falhas classificam-se em Micrognatismo, onde a mandíbula é menor do que a maxila e Prognatismo, onde a mandíbula é maior do que a maxila. Há indícios de que uma das causas do ronco noturno seja o micrognatismo. Tanto a cirurgia buco-maxilo-facial quanto a cirurgia ortognática são realizadas em ambiente hospitalar, sendo o período de internação desta última menor em relação ao da primeira.

Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial

Problemas nos músculos mandibulares e nas articulações da mandíbula (ATMs) podem causar dores associadas a face, pescoço, tecidos da cabeça e estruturas da cavidade oral, além de dores de ouvido e de cabeça. Estes casos são conhecidos como Desordens Temporomandibulares (DTMs) e ainda não se tem conhecimento total sobre suas causas. As DTMs podem ser classificadas em: Dor Miogênica, a mais comum delas, causa desconforto nos músculos mastigatórios; Desarranjos Internos da ATM, presença de disco articular mal posicionado ou lesão articular; Doenças Degenerativas da ATM, como osteoartrite ou artrite reumatóide das ATMs. Ressalva-se que um único paciente poderá apresentar mais de uma das formas de DTMs.

Odontologia Legal

A Odontologia Legal é a especialidade da Odontologia que busca pesquisar fenômenos físicos, químicos e biológicos que podem ter atingido o homem vivo, morto ou sua ossada, além de vestígios e fragmentos que possam ter causado lesões parciais ou totais, sejam estas reversíveis ou não. Através da análise da arcada dentária e dos dentes, pode-se obter informações relevantes na solução de problemas de cunho criminológico. As técnicas de DNA garantiram melhoras no trabalho do odontolegista, pois mesmo em casos onde os vestígios humanos se tornam escassos, os dentes tendem a resistir às mais extremas situações, pois se tratam das peças mais resistentes do corpo humano.

Outras Especializações

Dentística ou odontologia estética é o ramo da odontologia que atua na área da cosmética e restauração dental. Entre outros serviços, os profissionais desta especialidade tratam de clareamentos dos dentes, uso de resinas diretas, peeling gengival, facetas e restaurações estéticas.

O seu principal foco é a estética, ainda que a restauração de dentes também seja uma medida importante para a saúde individual, já que a permanência de cáries pode causar problemas a vários níveis, além de criar problemas na mastigação dos alimentos.

Pesquisa os vários tipos de preparações dentárias, a relação dos materiais restauradores com a estrutura dentária e o resto do organismo, técnicas restauradoras, etc. Tornando possível ao cirurgião-dentista restaurar de forma direta ou indireta a estética e a função dos dentes comprometidos.

Endodontia é a especialidade da odontologia responsável pelo estudo da polpa dentária, de todo o sistema de canais radiculares e dos tecidos periapicais, bem como das doenças que os afligem. Em casos de alterações por cárie, fraturas dentárias, trauma dentário, trauma ortodôntico, lesões endo-periodontais, necessidades protéticas e outras patologias endodônticas, o tratamento endodôntico (ou o tratamento de canal) está indicado, visando a manutenção do dente na cavidade bucal, e a saúde dos tecidos periapicais.

Implantodontia é o ramo da Odontologia que se destina ao tratamento do edentulismo com reabilitações protéticas suportadas ou retidas por implantes dentários. No Brasil, diferentemente de outros países é uma Especialidade da Odontologia RESOLUÇÃO CFO 168/90.

Tem como objetivo a implantação na mandíbula e na maxila, de materiais aloplásticos destinados a suportar próteses unitárias, parciais ou removíveis e próteses totais

Ao redor do titânio ocorre a osseointegração que é caracterizada pela formação de tecido ósseo que irá incorporar este material ao organismo. E, é extremamente importante, que o tecido ósseo mantenha-se preservado mesmo quanto o implante dentário seja submetido aos esforços mastigatórios.

A integração óssea deve-se a incapacidade do nosso organismo em detectar o titânio intra-ósseo; devido a suas características bio-inertes (ao se expor ao ar, a superfície do titânio se transforma em óxido de Ti), não acontece a formação de tecido fibroso em volta do implante, permitindo assim o crescimento ósseo ao redor do mesmo, estando em contato íntimo osso e implante.

O descobridor da osseointegração foi o médico sueco Per-Ingvar Brånemark; ao inserir câmaras de titânio na fíbula de coelhos em suas experiências, relatou certa dificuldade na hora de removê-las, ao estudá-las notou a intimidade entre osso e titânio. Hoje Bränemark reside no Brasil, mais precisamente em Bauru onde possui um centro de pesquisa em Implantodontia[1].

Desde 1960 existiram vário tipos de implantes; porem os implantes radiculares ósseo-integrados foram os mais bem sucedidos com taxas de sucesso margeando os 95 % em 5 anos.

Com a Implantodontia são feitas desde reabilitações unitárias ate grandes reabilitações totais fixas ou removíveis.

Entre 3 e 6 meses após a instalação do implante de titânio pode ser iniciada a prótese. Um processo mais recente propõe a instalação rápida de dentes, chamada carga imediata.

De acordo com um estudo publicado pelo Journal of Dental Research, uma nova técnica de implante com células estaminais permite que um dente cresça na gengiva.

Oclusão é o ramo da odontologia que trata as relações de mordida entre a arcada dentária superior com a inferior e suas implicações em estruturas anexas (dentes, gengiva, ossos, músculos, ligamentos, articulação temporomandibular).

Em uma oclusão fisiológica ou orgânica, no final do fechamento mandibular, a ação dos músculos elevadores promove o assentamento dos côndilos nas fossas mandibulares do osso temporal, denominado posição de relação cêntrica (RC), coincidente com o máximo de contatos dentários posteriores bilateral, denominado máxima intercuspidação (MI) ou oclusão dentária. Como resultado a mandíbula assume posição estável denominada oclusão em relação cêntrica (ORC), na dimensão vertical de oclusão (DVO). Em seguida o relaxamento dos músculos elevadores gera a dimensão vertical de repouso (DVR).

Odontologia do Trabalho

A odontologia do trabalho é uma especialidade odontológica, que visa prevenir e diagnosticar doenças do complexo bucomaxilofacial, provocadas pela atividade laboral, e a evitar acidente de trabalho por causas odontológicas, contribuindo assim para a saúde integral do trabalhador.[1] Pode ser conceituada como sendo "os conhecimentos de odontologia aplicados à atenção em saúde do trabalhador nos aspectos de promoção, preservação, recuperação e a reabilitação da saúde de trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho”.[2]

Odontologia do Trabalho é especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) pela Resolução nº 25 de 16 de maio de 2002, entretanto muitos profissionais da própria classe Odontológica ainda não têm conhecimento adequado sobre esta nova área de atuação no mercado de trabalho.

[editar] Áreas de competência para atuação do especialista em Odontologia do Trabalho:[3]

a) identificação, avaliação e vigilância dos fatores ambientais que possam constituir risco à saúde bucal no local de trabalho, em qualquer das fases do processo de produção;
b) assessoramento técnico e atenção em matéria de saúde, de segurança, de ergonomia e de higiene no trabalho, assim como em matéria de equipamentos de proteção individual, entendendo-se inserido na equipe interdisciplinar de saúde do trabalho operante;
c) planejamento e implantação de campanhas e programas de duração permanente para educação dos trabalhadores quanto a acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e educação em saúde;
d) organizar estatísticas de morbidade e mortalidade com causa bucal e investigar suas possíveis relações com as atividades laborais;
e) realização de exames odontológicos para fins trabalhistas, incluindo os que constam no artigo 7.4.1.. da NR 7.

Novas frentes estão sendo expandidas na atuação do odontólogo do trabalho, como por exemplo, a identificação de problemas bucais que podem colocar em risco a atividade laboral, sendo necessário, então, um serviço de promoção de saúde mais específico para estes problemas.

[editar] Importância da Odontologia nos Serviços de Saúde Ocupacional

A dor de origem dental e facial pode gerar consequências psicológicas e sociais nos indivíduos, como irritação, preocupação,distúrbios do sono, além dos efeitos colaterais de medicações que eventualmente sejam usadas para controle dessas algias, e esses fatores podem gerar implicações diretas na atividade laboral, tais como queda de produtividade, desatenção, ausência do trabalho pela necessidade de buscar tratamento ou para recuperação. [4]

O Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde do Ministério da Saúde: Doenças Relacionadas ao Trabalho[5] afirma que as doenças do aparelho digestivo, relacionadas ou não ao trabalho, estão entre as causas mais frequentes de absenteísmo e que doenças de manifestação bucal, competem à atuação da Odontologia Ocupacional. O Manual alerta que problemas dentários são causa importante de absenteísmo e que podem estar associados ao comprometimento de órgãos vizinhos (ossos, seios da face), à função mastigatória e que podem ser focos sépticos.

Estudo do Ministério da Saúde [6] brasileiro mostra que 97,18% dos indivíduos da faixa etária de 35 a 44 anos, idade em que se espera atividade laboral, já consultaram um dentista ao menos uma vez na vida. Dos atendimentos prestados a esta faixa, 63,8% se deram em virtude de presença de dor, problemas periodontais, cavidades nos dentes ou feridas, sendo que 33,7% da população adulta sofria de dor dentária. O estudo também mostrou que 59,18% destes indivíduos classificava sua saúde bucal como regular, ruim ou péssima. Estes números mostram que o contato com a Odontologia é necessário à população, que ocorre com certa frequência mas ainda assim estes indivíduos estão insatisfeitos quanto a sua saúde bucal.

[editar] Projeto de Lei nº 3520/2004.

O Projeto de Lei nº 3520/2004[7] da Câmara dos Deputados do Brasil, em tramitação, visa obrigar as empresas a manterem serviços ocupacionais odontológicos para os empregados, instituindo exames odontológicos, por conta do empregador, nas condições estabelecidas na Lei e nas instruções complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. O Projeto altera o art. 162, Seção III, e o art. 168, Seção V, do Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à segurança e medicina do trabalho (SESMT).

A justificativa da Proposição, apresentada pelo Deputado Federal Vanderlei Assis, é que se verifica uma lacuna no ordenamento jurídico vigente no que tange à saúde bucal do trabalhador, pois, atualmente, não há instrumento legal que ampare e obrigue a inclusão de ações de odontologia nas empresas e que a atenção à saúde bucal é parte integrante das ações de saúde em geral, não devendo ser negligenciada, dada a importância dos transtornos bucais na gênese de acidentes de trabalho e do absenteísmo nas empresas.

[editar] Número de Especialistas

Segundo o CFO, em maio de 2011 haviam no Brasil 695 cirurgiões-dentistas com inscição de especialista como Odontólogo do trabalho.

[editar] Associação Brasileira de Odontologia do Trabalho

A Associação Brasileira de Odontologia do Trabalho ABOT, é uma Associação Civil, de caráter cultural, técnico e científico, sem fins lucrativos, com sede e foro na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, de duração indeterminada, com ÂMBITO NACIONAL. Foi fundada em 31 de Outubro de 2003 na cidade de Niterói/RJ, por um grupo formado pelos primeiros especialistas, com os mesmos objetivos e metas, em prol da Odontologia do Trabalho. Foi reconhecida como Entidade de Classe pelo CFO em dezembro de 2004.

Odontopediatria é uma especialização da Odontologia que cuida da saúde bucal de crianças.

Odontogeriatria é uma especialização da Odontologia que cuida da saúde bucal de idosos, prevenindo e tratando os problemas comuns a essa faixa etária. Trata-se de uma nova especialidade odontológica. A sua existência atual se deve principalmente a dois fatos: primeiro o número de idosos aumentou muito (diversos fatores tais como a medicina moderna e a prevenção aumentaram muito a sobrevida da população); e, em segundo lugar, os idosos têm mais dentes.

Diversos perguntam da necessidade da Odontogeriatria, por que não o clínico geral tratar os idosos? Eis aqui algumas justificativas:

1 - Problemas bucais comprometem sistema digestivo do idoso e saúde sistêmica

2 - Falta de dentes aumenta chances de morte por câncer, infarto e derrames cerebrais

3 - O seguinte artigo contém tabelas de doenças sistêmicas prevalentes no idoso que deveriam ser de conhecimento dos dentistas: Interferência do perfil epidemiológico do idoso na atenção odontológica

4 - Idem: Autopercepção e condições de saúde bucal em uma população de idosos

Esses 4 trabalhos citados na seguinte página:

https://www.portalodontologia.com.br/odontologia/principal/conteudo.asp?id=2439 (dia 13 de abril de 2009, às 9h)

Outras justificativas para a Odontogeriatria:

5 - O conhecimento da necessidade de proceder a profilaxia antibiótica em casos específicos justifica um conhecimento maior do CD especialista em idosos. Ou seja, um dentista desavidado pode levar a bacteremias com consequencias importantes ao idoso.

6 - Mudanças da boca com o envelhecimento:

Diversas são as mudanças que ocorrem com o envelhecimento em todo o organismo. Na boca podemos notar que, entre outras coisas que:

  • As mucosas ficam mais sensíveis e finas.
  • As colorações dos dentes podem mudar.
  • Pode ocorrer a diminuição da quantidade de saliva, geralmente devido à efeitos colaterais de medicamentos causando a secura na boca, conhecida como Xerostomia.
  • Diminuição na percepção dos sabores o que pode levar ao alto consumo de temperos na alimentação e agravar problemas como diabetes e pressão alta.

Problemas mais comuns em idosos:

Os dentes são perdidos principalmente devido à cárie e a doença periodontal (inflamação do tecido ao redor do dente). Essas doenças ocorrem quando existe a união de alguns fatores como: má higiene oral, restos alimentares, bactérias, etc. Essa união gera substâncias que atacam os dentes e a gengiva provocando as doenças.

(fonte do item 6:) Saúde Bucal Odontogeriatria - Orientações e Cuidados com a Saúde Bucal para o Público Idoso

Dra. Érika Sequeira erikaseq@telemedicina.fm.usp.br Cirurgiã-dentista.

7 - Mais justificativas na Revisão Bibliográfica: "Cáries de Raiz em Dentes de Idosos", de Marcos Pacheco e Silva, trabalho de Especialização de Odontogeriatria pela APCD - EAP (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas - Escola de Aperfeiçoamento Profissional) em 2005. Marcospacheco.dentista@gmail.com

A ortodontia e ortopedia facial é uma especialidade da odontologia em que o cirurgião-dentista, após o curso de graduação em odontologia, faz um curso que o habilita a registrar-se como especialista nesta área.

Esta especialidade, mundialmente conhecida apenas como Ortodontia, no Brasil sofreu um acréscimo no nome de forma a se diferenciar de outra especialidade, a Ortopedia Funcional dos Maxilares, e assim passou a ser chamada de Ortodontia e Ortopedia Facial. Poderia plenamente se chamar EUGENIA a fusão bem vinda das duas especialidades.

Entretanto, para os pesquisadores, não existe ortodontia sem bases ósseas corretamente posicionadas, e assim tal divisão se configuraria numa incongruência - pois a Ortopedia Facial é parte componente da Ortodontia.

A ortopedia funcional dos maxilares (OFM) é uma especialidade da Odontologia que soluciona desequilíbrios ósseos, musculares e de funcionamento dos maxilares; alinhamento dos dentes e problemas da articulação temporomandibular. Corrige tais disfunções em pessoas de qualquer idade, usando aparelhos removíveis. O tratamento não deve causar dor e é executado sem extração de dentes.

Estes aparelhos produzem estímulos na rede de neurônios sensoriais da boca, que levam a mensagem até o sistema nervoso central que, por sua vez, responde remodelando estruturas ósseas, musculares, articulares e funcionais. Assim, a estética da face e as funções exercidas pela boca são restabelecidas, trazendo de volta o equilíbrio do sistema bucofacial.

Sinais e sintomas observáveis e tratáveis pela OFM: apneia do sono, bruxismo (ranger de dentes durante o sono), apertar dentes, barulho feito pelo maxilar durante a mastigação, dores de cabeça, zumbido no ouvido, dor de ouvido, dores na face ou nos maxilares, queixo saliente, dentes tortos, dentes apinhados, dentes da frente que não se tocam, dentes superiores da frente que cobrem os inferiores ("queixo de bruxa"), dentes salientes ou queixo retraído, mordida cruzada atrás, lábios normais que se mantém abertos, língua entre os dentes da frente, entre outros.

Esta especialidade originou-se na Europa no início do século XX e apenas no século XXI foi reconhecida no Brasil, apesar de praticada desde a década de 1960. O nome OFM foi dado por Viggo Andresen, que por isso é considerado o pai da Ortopedia Funcional dos Maxilares. Posteriormente, mestres como Pedro Planas (Espanha), H.P.Bimler (Alemanha), Klammt, Frankel, Mauricio Vaz de Lima, Balters, fortaleceram e ampliaram o campo de atuação da OFM criando técnicas específicas.

Por se utilizar de estímulos neurais, a OFM difere fundamentalmente e conceitualmente da Ortopedia Facial (Ortodontia), que usa força mecânica sobre os dentes e ossos por meio de aparelhos fixos como, por exemplo, aparelho de Hyrax.

Os aparelhos usados pela OFM produzem uma adequada estimulação neural que é enviada à região da boca no córtex sensorial, o qual processa o estímulo, e uma resposta de remodelagem é transmitida de volta ao sistema estomatognático (SE). As mudanças que ocorrem no SE são também incorporadas pelo córtexes sensorial/motor e são codificadas como novas memórias de longo prazo, as quais são responsáveis pela manutenção do SE no novo equilíbrio.

Esta intensa plasticidade neural, produz remodelagem e crescimento ósseo, inclusive em idade adulta madura, desde que adequadamente estimulada. É o caso do tratamento de mandíbula retraída, mandíbula protruída, expansão de maxila, etc.

O grande avanço recente na neurociência permite visualizar que num futuro próximo será melhor entendido os sistemas neurofisiológicos que medeiam os tratamentos realizados, levando a OFM a novos patamares de evolução.

Pacientes especiais são todos aqueles indivíduos que se desviam física, intelectual, social e emocionalmente daquilo que se considera padrão de normalidade.

A patologia bucal é uma especialidade da odontologia que se interessa pelo estudo da etiologia e da história natural das doenças que acometem o complexo bucomaxilofacial. Por meio de técnicas de histoquímica e imunoistoquímica, principalmente, as doenças são diagnosticadas em ambiente laboratorial. O tratamento cirúrgico adequado pode ser conduzido por equipe de cirurgia bucomaxilofacial e/ou cirurgia de cabeça e pescoço, dependendo de cada caso.

Inúmeras são as doenças que se manifestam na cavidade bucal. A etiologia das doenças do complexo bucomaxilofacial pode ser:

  1. Infecciosa (vírus, bactérias, fungos, protozoários),
  2. Neoplásica (neoplasias benignas ou malignas),
  3. Por injúrias teciduais (físicas, químicas),
  4. Imunológicas ou auto-imunes (processos alérgicos e auto-imunes),
  5. outras.

Uma vez que as doenças podem interessar vários órgãos ou estruturas, o cirurgião dentista, especialista em patologia bucal, tem um importante papel no diagnóstico e tratamento de uma grande gama de pacientes. A inter-relação com outras especialidades da saúde é uma marca da boa prática profissional. Assim sendo o patologista bucal pode se relacionar com variadas áreas da saúde: dentistas (estomatologistas, cirurgiões bucomaxilofaciais, entre outros), bioquímicos e médicos (patologistas, cirurgiões, dermatologistas, radiologistas, entre outros).

A carreira de patologista bucal pode ser trilhada por meio de especialização ou, academicamente, por meio de mestrado e doutorado. Os títulos acadêmicos permitem ao profissional lecionar sobre o conteúdo da patologia bucal e patologia geral, além de desenvolvimento de pesquisas relevantes à área.

Periodontia ou periodontologia (peri: em volta de, Odonto: dente) é a ciência que estuda e trata as doenças do sistema de implantação e suporte dos dentes. Este aparelho é formado por osso alveolar,[boca de cavalo] ligamento periodontal e cemento. As alterações patológicas do periodonto são chamadas doenças periodontais, como, placa bacteriana, gengivite, periodontite.

A função do periodonto é a inserção do dente ao tecido ósseo dos maxilares e conservar a superfície da mucosa mastigatória da cavidade bucal. O periodonto também é chamado de aparato de inserção ou de tecido suporte do dente e estabelece uma unidade funcional biológica e evolutiva que sofre modificações com a idade e com relação às modificações do meio bucal.

A Prótese bucomaxilofacial (ou buco maxilo facial) é uma especialidade da odontologia que visa a reabilitação de pessoas portadoras de deformidades faciais através de próteses, permitindo o retorno do paciente ao convívio e rotina social normal.

Essas próteses podem ser oculares, de orelha, de nariz, de maxila, de mandíbula, dentes, pois o especialista em prótese buco maxilo facial atua na reabilitação estética e/ou funcional de todo o vicerocrânio (parte do crânio que estão os órgão como o olho, orelha, nariz e boca).

Podem ser fixadas na área facial a ser reabilitada com adesivos específicos para este fim, implantes osseointegrados com sistema magnético prótese-implante, métodos permitem a remoção da prótese em qualquer momento trazendo mais conforto ao paciente.

Existem diferentes modalidades dentro da face. Atualmente são confeccionadas em silicone, material que melhor reproduz a epiderme humana em suas propriedades e permite excelente pigmentação, permitindo um resultado mais estético.

O Brasil possui atualmente profissionais da área de nível internacional.

A prótese dentária (ou prótese dental) é a arte dental, ciência que lida com a reposição de tecidos bucais e dentes perdidos, visando restaurar e manter a forma, função, aparência e saúde bucal. Aplicados à odontologia, são utilizados indistintamente os termos prostodontia e prótese dentária. O termo "prótese dentária" também é utilizado para se referir ao artefato que se propõe a substituir a função original dos dentes perdidos ou ausentes.

O seu principal objectivo é a reabilitação bucal, em todas as suas funções: estética, fonética e mastigação. Repõe ou restaura de forma indirecta (por meio laboratorial) os (dentes), por meio de confecção de próteses fixas (coroas em metal, porcelana e materiais poliméricos e pontes) ou próteses removíveis como prótese total, a popular dentadura ou prótese parcial removível, ponte móvel). Recentemente encontramos próteses modernas produzidas sobre implantes como overdentures, próteses fixas livres de metal (metalfree) e próteses protocolo.

Não se deve confundir protesista (cirurgião-dentista especialista em prótese dentária) com o protético (técnico em prótese dentária), que presta serviço para o cirurgião-dentista e não deve atender directamente o paciente.

O objeto de investigação e práticas da Saúde Coletiva compreende as seguintes dimensões:

  1. o estado de saúde da população ou condições de saúde de grupos populacionais específicos e tendências gerais do ponto de vista epidemiológico, demográfico, sócio-econômico e cultural;
  2. os serviços de saúde, enquanto instituições de diferentes níveis de complexidade (do posto de saúde ao hospital especializado), abrangendo o estudo do processo de trabalho em saúde, a formulação e implementação de políticas de saúde, bem como a avaliação de planos, programas e tecnologias utilizada na atenção à saúde;
  3. o saber sobre a saúde, incluindo investigações históricas, sociológicas, antropológicas e epistemológicas sobre a produção de conhecimentos nesse campo e sobre as relações entre o saber "científico" e as concepções e práticas populares de saúde, influenciadas pelas tradições, crenças e cultura de modo geral.

Estomatologia, palavra derivada do grego "estoma" (que significa "boca"), portanto seu significado é estudo da boca.

O dentista, especialista em estomatologia, é um profissional que previne, diagnostica e trata as enfermidades relacionadas com a boca (e todo aparelho estomatognático). O aparelho estomatognático é constituído pelos lábios, dentes, mucosa oral, glândulas salivares, tonsilas palatinas e faringeas e demais estruturas da orofaringe.

A estomatologia é uma especialidade da odontologia aprovada, regulamentada, registrada e reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) do Brasil em 1992.

O cirurgião-dentista estomatologista não cuida apenas da boca, cuida também das estruturas como a pele. O estomatologista está apto a diagnosticar lesões dentro e fora da cavidade bucal, podendo tratá-las ou encaminhá-las ao profissional responsável.

A laserterapia de baixa potência é uma forma de tratamento médico baseado na aplicação da luz laser gerada por diodos emissores de luz para ativar ou inibir a atividade celular.

Laser de baixa potência

O laser de baixa potência (low laser level therapy - L.L.L.T) estimula o processo de cicatrização natural do organismo controlado através de requerimento específico de comprimentos de onda da luz que tenham efeitos fisiológicos particular.

A laserterapia de baixa potência tem sido investigada e utilizada na prática clínica há aproximadamente 20 anos, sendo que os trabalhos iniciais foram realizados na Europa, no início da década de 70. O crescente interesse pelos efeitos do laser tem sido demonstrado pela significativa quantidade de publicações científicas positivas, por meio de experimentos controlados em animais e humanos.

Existem empresas que fabricam equipamentos para área veterinária, como um exemplo a Laservet (www.laservet.com.br).

O laser utilizado é o “Gallium Aluminium Arsenide Lasers – GaAIAs” - aprovados pelo FDA E.U.A.

Atualmente muito utilizado, sendo sua modalidade empregada cada vez mais em vários tratamentos públicos de instituições privadas da saúde em todo o mundo.

Os campos de aplicação Low Level Laser Therapy incluem: Fisioterapia e Osteopatia, Clínica Geral, Acupuntura, Odontologia, Fonoaudiologia, Neurologia, Terapias de Adicção (álcool, drogas, tabagismo,etc), Dermatologia, Práticas Veterinárias, etc.